quarta-feira, 7 de abril de 2010

Grupo Renault-Nissan e alemã Daimler formam aliança.


O grupo franco-japonês Renault-Nissan e a montadora alemã Daimler, dona na Mercedes-Benz, anunciaram nesta quarta-feira (7) que fecharam uma parceria, após meses de negociações e especulações sobre o negócio.As fabricantes mantêm autonomia, mas informaram que vão trabalhar em conjunto no desenvolvimento de novos produtos e modelos pequenos. A ideia é diminuir custos por meio do compartilhamento de tecnologias e plataformas de produção.

A aliança prevê a troca de 3% das ações de cada grupo. Entre os principais projetos estão o desenvolvimento conjunto das novas gerações dos compactos Smart e Classe A, da Mercedes, e Twingo e o elétrico Twizzy, da Renault. Os novos modelos devem começar a chegar ao mercado a partir de 2013.

A Nissan está interessada nos motores diesel e de alto desempenho da Daimler, enquanto a alemã quer ter acesso à tecnologia para carros elétricos do fabricante japonês. Tecnologias ecológicas também terão grande enfoque na aliança.

O brasileiro Carlos Ghosn, presidente do grupo Renault-Nissan, afirmou que a parceria pode cortar custos aos grupos em torno de R$ 4,7 bilhões (US$ 2,7 bilhões).

- Os benefícios desta aliança são imediatos e duradouros. As sinergias com a Daimler têm um valor em termos de custos e oportunidades de lucros durante os próximos cinco anos.

As três empresas esperam obter R$ 9,2 bilhões (US$ 5,3 bilhões) nos próximos cinco anos como fruto da aliança.

Para o presidente da Daimler, Dieter Zetsche, a operação vai gerar lucros da "mesma magnitude que a mencionada por Renault e Nissan".

A Renault possui 44,3% do capital de Nissan, que por sua vez tem 15% da montadora francesa. A aliança foi estabelecida em 1999. O governo francês, principal acionista da Renault, aprovou o projeto de aproximação industrial.

Em 2009, as três companhias, juntas, venderam um total de 7,22 milhões de veículos - menos que o resultado da aliança Volkswagen-Suzuki (8,6 milhões) e da japonesa Toyota, a maior vendedora isolada, com 7,81 milhões.

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