quinta-feira, 25 de março de 2010

Jornal diz que Google "não é Deus" para o povo chinês.


Um jornal do Partido Comunista Chinês acusou nesta quarta-feira (24) o Google de contribuir com espiões dos Estados Unidos e disse que o recuo da empresa sobre a censura chinesa justifica os esforços de Pequim para promover o crescimento tecnológico interno.

A nova queixa chinesa contra a maior empresa de buscas na internet foi publicada na edição internacional do Diário do Povo, principal jornal do Partido Comunista.

- Para o povo chinês, o Google não é Deus, e mesmo que faça todo um espetáculo sobre políticas e valores, ainda não é Deus. Na verdade, o Google não é virgem quando se trata de valores. Sua cooperação e conivência com a inteligência dos Estados Unidos e agências de segurança é bem conhecida.

Na última segunda-feira (22), o Google fechou seu principal portal em chinês, o Google.cn, e começou a redirecionar as buscas para um site em Hong Kong, cerca de dois meses depois de ter dito que não aceitaria a auto-censura exigida pelo governo chinês, que determina restrições fortes aos usuários domésticos de internet.

Ontem, o ministro do Exterior da China disse que considera a saída do Google como um "ato individual" de uma empresa, e disse que o país continua recebendo bem os investidores estrangeiros.

Mas a resposta de Pequim às queixas do Google sobre a censura e ataques cibernéticos também ecoaram nas alegações nacionalistas de que o Google e Washington usaram a disputa sobre os controles de internet para desafiar a autoridade do Partido Comunista.

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