terça-feira, 24 de novembro de 2009

Maior máquina do mundo faz primeiro choque de partículas.


O primeiro choque de partículas no Grande Colisor de Hádrons (LHC), o acelerador gigante do CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), foi registrado na tarde desta segunda-feira (23).

O choque ocorre três dias após a reativação do Grande Colisior de Hádrons (LHC), que ficou 14 meses sem operar por causa de uma série de problemas técnicos.

As primeiras colisões de partículas foram observadas durante a tarde desta segunda-feira: "É uma grande vitória por termos percorrido um longo caminho em tão pouco tempo", disse Rolf Heuer, diretor-geral do CERN.

"Os sinais (gerados pelas colisões de partículas) que vimos são magníficos", disse Andrei Golutvin, porta-voz do CERN.

Os cientistas disseram que os choques de prótons (partícula sub-atómica de carga elétrica positiva, que faz parte do núcleo de todos os elementos) farão surgir partículas elementares jamais vistas e recriarão, por um instante, as condições que havia no Universo logo após o Big Bang, antes que as partículas elementares se associassem para formar núcleos de átomos.

Os pesquisadores do CERN esperam encontrar a prova de que existem partículas efêmeras como o Bóson de Higgs, só estabelecidas na física teórica.

O maior acelerador de partículas do mundo, que funcionou por apenas algumas horas, em setembro de 2008, antes de apresentar um grave problema, voltou à atividade na sexta-feira (20) passada.

O LHC, uma joia científica que custou 3,76 bilhões de euros (R$ 9,7 bilhões) e que deve permitir progressos sobre o conhecimento da matéria e a origem do universo, teve sucessivos problemas após entrar em serviço, no dia 10 de setembro de 2008.

O primeiro incidente ocorreu menos de 48 horas após a ativação do sistema, sendo seguido por um segundo defeito, no dia 19 de setembro, que afetou os ímãs encarregados de guiar as partículas pelo circuito do acelerador.

O circuito mede nada menos que 27 km e está a 100 m abaixo da terra, em uma região da fronteira entre França e Suíça, passando pelo território dos dois países.

Desde setembro de 2008, o CERN realizava um longo trabalho para reparar o Acelerador de Partículas, que incluiu a instalação de novos sistemas de segurança ao longo do percurso, cuja construção envolveu mais de 7 mil físicos, durante cerca de 12 anos.

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