sexta-feira, 27 de março de 2009

Façam suas apostas!


Quem não gosta de torcer pelos mais fracos? É normal, é humano. Fábulas, lendas, histórias, o Davi que vence o Golias, a tartaruga que ganha da lebre. Pois a Fórmula 1 pode viver uma temporada assim. Bem, talvez seja um exagero acreditar que as grandes equipes, mais ricas e poderosas, sejam atropeladas pelas menos favorecidas ao final de 17 corridas.

Mas, pelo menos por um dia, havia mais jornalistas esperando pelos pilotos da Brawn e da Williams do que da McLaren e da Ferrari. E isso valeu um sentimento de satisfação geral, de júbilo mesmo. Todos com aquela diferente e gostosa sensação de ter presenciado a vitoria do time mais fraco sobre o favorito, do moleque magrinho e de aparelho nos dentes sobre o valentão do colégio. A sensação de que o esporte, mesmo o mais elitista, permite que o modesto derrube o esnobe.

Tudo isso não passa de uma especulação que pode virar fumaça após o treino classificatório. E não significa que determinado piloto mereça mais do que outro uma vitoria ou um titulo. É que a Fórmula 1 estava precisando de uma sacudida, de algo que fugisse da mesmice. Qual a graça de saber que o titulo só pode ir para as mãos de dois ou três. Por alguns momentos pode-se vivenciar a experiência de vinte candidatos ao troféu.

A briga times com difusor contra os times sem difusor deve ir longe. O trio Brawn-Toyota-Williams colocou seus seis carros entre os sete mais rápidos. O único intruso foi Mark Webber, com o quarto tempo. O australiano deve ter usado pouco combustível para fazer bonito diante dos fãs.

Ferrari, RBR e Renault lideram o grupo dos anti-difusor. A McLaren ficou meio a parte. Provavelmente porque a Brawn, forte candidata a boas posições nesse inicio de temporada, use motor Mercedes. Deve ter vindo da fabrica alemã a ordem para evitar um desgaste desnecessário logo nas primeiras etapas. Rubinho não quer nem ouvir falar em ilegalidade.

Confesso que não acredito na hipótese de má-fé. A interpretação de alguns engenheiros foi melhor e tirou-se proveito. Fico me perguntando se a sacada do difusor traseiro tivesse sido de uma das “grandes”. Haveria essa gritaria toda? Viva a democracia. Um pódio bem diferente não seria nada mal para o esporte.

Australianas:

- Já que o assunto Corinthians-Santos-Rubinho-uniforme causou tanta polêmica, aí vai mais uma. A Brawn pode fechar com a Virgin e passar a ter vermelho no carro. Com o preto e o branco que já existem, não seria um bólido meio são-paulino? E logo agora que Barrichello tinha se livrado do carro “verde”…

- Aos que perguntaram: a camisa corintiana de Rubinho tinha o numero 19, que seria o dele antes da alteração feita pela FIA. Foi presente da mulher, Silvana.


Fonte:Blog Voando Baixo.

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