segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Indústria prevê expansão no início de 2010.


A indústria brasileira vai começar 2010 embalada. Empresários e economistas projetam dois dígitos de crescimento da produção industrial no primeiro trimestre, período tradicionalmente fraco, marcado por férias coletivas e demissão de temporários.

A consultoria MB Associados prevê expansão de 12,1% para a indústria no período. Já a LCA Consultores espera crescimento maior, de 16,5%.

Parte disso será efeito da base de comparação, muito baixa: a indústria caiu 17,2% no começo deste ano. Em compensação, as empresas estão diminuindo estoques rapidamente e, com a perspectiva de um bom Natal, o setor deverá chegar na virada do ano sem produtos acabados, o que ajudará ainda mais na reação, no começo de 2010.

Segundo o diretor do Departamento de Tecnologia e Competitividade da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Roriz Coelho, a maioria das empresas que não dependem de exportação trabalha neste fim de ano no limite da produção e recorre ao cancelamento das férias de fim de ano.

- Os níveis de estoque nos diversos segmentos da indústria continuam muito baixos e os pedidos do varejo ainda não terminaram.

E ele acrescenta:

- A logística vai ter que trabalhar muito para não faltar produtos nas lojas, porque este Natal promete ser um dos melhores dos últimos cinco anos.

Nesse contexto, quase não se ouve mais falar em crise, com exceção dos exportadores, que reclamam da valorização do real e da demanda fraca no mundo.

Segundo o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, a recuperação da economia foi rápida (a crise durou quatro trimestres), comparada com outras recessões ocorridas entre 1980 e 2003. Antes, o País levava de oito a dez meses para retomar o crescimento.

- A economia brasileira voltou ao nível pré-crise nesse terceiro trimestre, que terminou em setembro.


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